Análise Completa de “The Babysitter: Killer Queen” (2020)
Introdução
Lançado em 2020, “The Babysitter: Killer Queen”, dirigido por McG, é a sequência de The Babysitter (2017), uma produção que se tornou cult dentro do gênero de terror-comédia. Com o retorno de seus personagens, o filme aprofunda ainda mais a trama que mistura elementos de comédia, horror e ação. O longa-metragem, que conta com uma direção vibrante e elenco de peso, é recheado de cenas de ação, humor irreverente e elementos de terror que conquistaram uma legião de fãs. Neste artigo, faremos uma análise detalhada do filme, abordando seu enredo, personagens, temática e aspectos técnicos.
Enredo e Personagens
A história de “The Babysitter: Killer Queen” se passa dois anos após os eventos traumáticos do primeiro filme, onde Cole (interpretado por Judah Lewis) conseguiu escapar de um culto satânico liderado por sua babá Bee (Bella Thorne). Embora tenha sobrevivido ao confronto com os demônios de seu passado, Cole não consegue encontrar paz, especialmente por estar no ensino médio. Ele ainda carrega as cicatrizes psicológicas da experiência vivida, sendo constantemente incomodado por seus colegas de escola e tentando lidar com o que aconteceu de uma forma que ninguém ao seu redor compreende.
O enredo gira em torno de Cole, que, após ser forçado a enfrentar os fantasmas de seu passado, se vê novamente envolvido em uma série de eventos perigosos, desta vez em uma situação muito mais surreal e absurda. Durante uma viagem com seu amigo Mel (interpretado por Emily Alyn Lind), Cole é arrastado para uma nova série de eventos insanos envolvendo sua antiga babá e seus antigos aliados malignos.
No centro da narrativa estão as figuras do culto satânico, que continuam a perseguir Cole. Bee, sua babá assassina, retorna como uma das vilãs, mantendo a tensão e o mistério sobre suas intenções. A sequência também apresenta novos personagens como Allison (Jenna Ortega), amiga de Cole, e Max (Andrew Bachelor), que adicionam camadas adicionais à história.
A obra mantém o tom de comédia ácida, misturando situações ridículas com cenas de terror e ação exagerada. A sequência não perde o foco na construção de tensão e mantém o ritmo acelerado, característica do primeiro filme. A relação de Cole com seus novos amigos e os membros do culto é explorada de forma mais intensa, criando uma atmosfera de caos e perigo iminente, mas com boas doses de humor negro.
Temática: Humor e Terror
A mistura de comédia e terror é um dos elementos que caracteriza The Babysitter: Killer Queen. Assim como em seu antecessor, o filme explora a interação entre o medo e o humor, com cenas que alternam entre sustos e momentos cômicos que não deixam de provocar risos. No entanto, o humor não é apenas uma válvula de escape, mas também um modo de lidar com as situações grotescas e assustadoras que o protagonista vive. McG explora a ironia, o exagero e o absurdo, criando uma atmosfera que parece não se levar a sério em nenhum momento.
Ao mesmo tempo, o filme toca em temas como o trauma, o crescimento pessoal e o conflito entre o passado e o presente. Cole é um personagem que tenta seguir em frente após um evento traumático, mas seu passado constantemente volta para assombrá-lo. Esse confronto entre os momentos de comédia e os momentos de terror acentuam a angústia do protagonista, mas também o seu crescimento e aprendizado. A sobrecarga de situações bizarras também serve como metáfora para as dificuldades de superação e adaptação à adolescência.
Elenco e Performance
O elenco de The Babysitter: Killer Queen é outro ponto de destaque, com uma mistura de veteranos e novos talentos. Judah Lewis retorna ao papel de Cole, conseguindo expressar com maestria o dilema do personagem: alguém que já viveu algo extremo e agora tenta viver uma vida normal. Sua atuação é convincente, misturando a fragilidade de um adolescente com a maturidade adquirida após os horrores enfrentados no primeiro filme.
Jenna Ortega e Emily Alyn Lind também brilham em seus papéis. Ortega interpreta Allison, uma amiga fiel que se une a Cole na tentativa de desvendar o mistério, enquanto Lind traz Mel, uma amiga mais ousada e irreverente, que entra para a trama com um papel de suporte importante. A química entre o elenco contribui para a dinâmica entre os personagens e a construção do enredo.
Claro, não podemos esquecer das interpretações dos vilões, em particular Bella Thorne como Bee. Sua personagem volta com toda a sua intensidade, mantendo o tom de psicopata carismática e diabólica que já conquistou os fãs. A adição de outros membros do culto, como John (Robbie Amell) e Max (Andrew Bachelor), também contribui para a criação de uma aura de perigo constante.
Aspectos Técnicos e Visuais
Em termos técnicos, “The Babysitter: Killer Queen” mantém uma estética vibrante e visualmente apelativa. A direção de McG é dinâmico, com cenas de ação rápidas e efeitos especiais bem executados. A utilização de uma paleta de cores vivas, especialmente em cenas de confrontos e rituais, dá ao filme um ar visualmente único, que mistura horror com a irreverência da comédia. Isso é complementado com uma excelente trilha sonora, que inclui faixas nostálgicas dos anos 80, criando uma atmosfera de diversão e adrenalina.
A montagem do filme também é importante para a sua fluidez, já que mantém o ritmo acelerado que é fundamental para uma história como esta. A alternância entre os momentos de ação e humor é bem-feita, criando um equilíbrio que mantém o espectador interessado, sem tornar a narrativa cansativa ou repetitiva.
Conclusão
“The Babysitter: Killer Queen” é uma sequência que consegue manter a essência do primeiro filme, ao mesmo tempo em que expande sua história e aprofunda a experiência de seu protagonista. Com um elenco talentoso, uma mistura de humor e terror que agrada aos fãs dos dois gêneros, e uma direção visualmente empolgante, o filme entrega exatamente o que promete: uma experiência de entretenimento divertida e emocionante.
Embora o filme não seja uma obra-prima do cinema, ele cumpre bem o seu papel de proporcionar uma experiência divertida e intrigante, especialmente para os fãs de horror com um toque de comédia. Ao explorar o trauma e a superação de maneira irreverente, The Babysitter: Killer Queen se destaca por seu tom único e pela ousadia em misturar elementos opostos de forma eficaz. Para aqueles que procuram um filme leve, mas repleto de ação e momentos cômicos, esta sequência é uma ótima opção para uma maratona de cinema em casa.
Se você já é fã do primeiro filme ou está apenas começando a conhecer a franquia, “The Babysitter: Killer Queen” certamente irá proporcionar momentos de diversão e sustos, ao mesmo tempo em que te faz rir das situações mais absurdas.

