A condição médica conhecida como “Aumento da Temperatura Corporal com Extremidades Frias” é uma situação em que uma pessoa experimenta um aumento na temperatura corporal central, acompanhado de extremidades do corpo, como mãos e pés, que permanecem frias ao toque. Este fenômeno pode ser atribuído a várias causas subjacentes, que variam desde condições médicas benignas até problemas de saúde mais graves.
Uma das razões comuns para essa disparidade entre a temperatura central e periférica é a vasoconstrição periférica. Este mecanismo fisiológico ocorre quando os vasos sanguíneos nas extremidades do corpo se contraem, reduzindo assim o fluxo sanguíneo para essas áreas. Isso pode ser uma resposta do corpo ao estresse, ansiedade, ou exposição ao frio. A vasoconstrição é uma forma de conservar o calor corporal, priorizando a manutenção da temperatura dos órgãos vitais, como o coração e o cérebro, em detrimento das extremidades.
Além disso, certas condições médicas podem contribuir para esse fenômeno. Uma delas é a hipotensão postural, em que ocorre uma queda significativa na pressão arterial quando uma pessoa se levanta após estar sentada ou deitada. Isso pode levar a uma diminuição temporária do fluxo sanguíneo para as extremidades, resultando em mãos e pés frios, enquanto a temperatura central do corpo permanece elevada.
Outra condição potencialmente relacionada é a disfunção da glândula tireoide, como hipertireoidismo. Nesse caso, o aumento da atividade da tireoide pode levar a uma elevação na temperatura corporal central, enquanto a circulação periférica pode ser afetada devido a alterações nos hormônios tireoidianos, resultando em extremidades frias.
Além disso, certos medicamentos, como os vasopressores usados para tratar a hipotensão, podem causar vasoconstrição periférica, contribuindo para essa discrepância de temperatura entre o tronco e as extremidades.
A síndrome de Raynaud é outra condição que pode estar associada a esse fenômeno. Nessa síndrome, os vasos sanguíneos nas mãos e nos pés reagem excessivamente ao frio ou ao estresse, causando espasmos e reduzindo o fluxo sanguíneo para essas áreas. Isso pode resultar em mãos e pés frios, enquanto a temperatura corporal central permanece estável.
É importante destacar que, embora o aumento da temperatura corporal com extremidades frias possa ser um sintoma de várias condições subjacentes, nem sempre é indicativo de uma doença grave. No entanto, se essa condição for persistente ou acompanhada de outros sintomas preocupantes, como dor no peito, falta de ar ou tontura, é fundamental procurar orientação médica para investigação adicional e possível diagnóstico e tratamento adequados.
“Mais Informações”

Certamente, vamos explorar com mais detalhes as possíveis causas e considerações adicionais relacionadas ao aumento da temperatura corporal com extremidades frias.
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Vasoconstrição Periférica:
A vasoconstrição periférica é uma resposta natural do corpo a determinados estímulos, como estresse, ansiedade, exposição ao frio ou mesmo uma resposta autonômica do sistema nervoso. Quando ocorre, os vasos sanguíneos nas extremidades, como mãos e pés, se contraem, reduzindo o fluxo sanguíneo para essas áreas. Isso pode resultar em sensação de frio nas mãos e nos pés, enquanto a temperatura central do corpo pode permanecer elevada. A vasoconstrição periférica é uma forma de conservar o calor corporal, priorizando o fornecimento de sangue aos órgãos vitais. -
Hipotensão Postural:
A hipotensão postural é caracterizada por uma queda na pressão arterial quando uma pessoa se levanta após estar sentada ou deitada. Isso pode ocorrer devido a uma resposta inadequada do sistema nervoso autônomo ou a certas condições médicas, como desidratação ou efeitos colaterais de medicamentos. Quando ocorre hipotensão postural, pode haver uma diminuição temporária do fluxo sanguíneo para as extremidades, resultando em mãos e pés frios, enquanto a temperatura corporal central permanece elevada. -
Disfunção da Tireoide:
A tireoide desempenha um papel crucial na regulação do metabolismo corporal, incluindo a temperatura corporal. Tanto o hipotireoidismo quanto o hipertireoidismo podem afetar a capacidade do corpo de regular a temperatura de maneira adequada. No hipertireoidismo, a atividade excessiva da tireoide pode aumentar a temperatura corporal central, enquanto a circulação periférica pode ser afetada devido a alterações nos hormônios tireoidianos. Isso pode levar a extremidades frias, apesar do aumento da temperatura central. -
Medicamentos e Substâncias Químicas:
Alguns medicamentos, como vasopressores utilizados para tratar a hipotensão, podem causar vasoconstrição periférica como efeito colateral. Além disso, certas substâncias químicas, como a nicotina presente nos produtos do tabaco, podem ter um efeito semelhante, reduzindo o fluxo sanguíneo para as extremidades e causando sensação de frio nas mãos e nos pés. -
Síndrome de Raynaud:
A síndrome de Raynaud é uma condição em que os vasos sanguíneos nas mãos e nos pés reagem excessivamente ao frio ou ao estresse, causando espasmos e reduzindo o fluxo sanguíneo para essas áreas. Isso pode resultar em extremidades frias e pálidas, muitas vezes acompanhadas de dor ou formigamento. Embora a síndrome de Raynaud possa ocorrer de forma isolada, também pode estar associada a outras condições médicas, como doenças autoimunes ou distúrbios do tecido conjuntivo. -
Outras Causas:
Além das condições mencionadas, outras causas menos comuns podem contribuir para o aumento da temperatura corporal com extremidades frias. Estes incluem distúrbios circulatórios, como a doença arterial periférica, distúrbios neurológicos que afetam o controle da temperatura corporal, e condições metabólicas como a diabetes.
É importante ressaltar que o aumento da temperatura corporal com extremidades frias pode ser um sintoma de várias condições subjacentes, algumas das quais podem exigir intervenção médica. Se esse sintoma for persistente, recorrente ou acompanhado de outros sintomas preocupantes, é essencial procurar orientação médica para avaliação e tratamento adequados. O diagnóstico preciso dependerá da avaliação clínica completa, incluindo histórico médico, exame físico e, se necessário, exames laboratoriais ou de imagem.

