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Ares: Um Mergulho na Ambição, Mistério e Horror da Elite de Amsterdam

Lançada em 17 de janeiro de 2020, Ares é uma série de televisão de terror psicológico que vem cativando uma audiência global com sua combinação de mistério, drama e horror, tudo dentro do contexto da sociedade moderna de Amsterdam. Com apenas uma temporada de 8 episódios, a série revela os aspectos sombrios do desejo humano de ascender à elite e os sacrifícios que esse caminho pode exigir. Produzida e exibida na Holanda, Ares é uma obra que, ao misturar elementos de suspense e sobrenatural, se destaca como uma das produções internacionais que explora as profundezas da psique humana e as consequências de se buscar poder a qualquer custo.

Enredo: A Ascensão ao Abismo da Elite

A trama de Ares gira em torno de Rosa (interpretada por Jade Olieberg), uma estudante universitária ambiciosa que deseja entrar para a elite de Amsterdam. Ela é convidada para fazer parte de uma sociedade secreta e exclusiva, composta por pessoas influentes da cidade, muitas das quais são figuras proeminentes do cenário político, financeiro e cultural. O que parece ser uma oportunidade única de ascensão social rapidamente se transforma em um pesadelo quando Rosa começa a descobrir segredos perturbadores sobre o grupo e o que eles realmente fazem para manter seu status.

A sociedade secreta, conhecida apenas como “Ares”, não é apenas uma rede de pessoas influentes, mas um coletivo imerso em rituais misteriosos e práticas que envolvem elementos sobrenaturais e, em certo ponto, bizarros sacrifícios. O suspense da série se intensifica à medida que Rosa vai se aprofundando nesse mundo e começa a perceber que a busca pela ascensão social pode ter um custo muito mais alto do que ela imaginava. Ares explora, assim, o lado sombrio da ambição humana, com uma crítica profunda à exclusividade das elites e às barreiras psicológicas que elas constroem para manter seu poder e controle sobre os outros.

Personagens e Elenco

O elenco de Ares é um dos grandes atrativos da série, com atuações que cativam o espectador e tornam a trama ainda mais envolvente. A protagonista, Rosa, é interpretada por Jade Olieberg, uma atriz jovem que traz à tona a tensão interna de sua personagem enquanto ela navega pelas complexidades de um mundo que está além de sua compreensão inicial. Olieberg consegue transmitir as emoções conflitantes de uma jovem que está disposta a fazer qualquer coisa para alcançar seus objetivos, mas que lentamente começa a perceber os riscos que sua escolha implica.

Outro membro importante do elenco é Tobias Kersloot, que interpreta Jacob, um dos primeiros membros da sociedade que Rosa encontra e que se torna uma figura chave na trama. A atuação de Kersloot é marcada pela ambiguidade e mistério, tornando difícil para o público entender suas intenções até os momentos finais da série. A dinâmica entre Rosa e Jacob, com suas trocas de confiança e traição, é um dos pontos centrais que mantém a tensão da série.

Lisa Smit, Frieda Barnhard, Hans Kesting, Rifka Lodeizen e outros membros do elenco adicionam profundidade aos personagens secundários, cujas histórias e segredos se entrelaçam de maneira intricada ao longo dos episódios. A química entre os personagens e a construção cuidadosa de suas histórias pessoais complementam o cenário perturbador da sociedade secreta.

Temas e Contextos Sociais

Ares não é apenas uma série de terror psicológico, mas também uma reflexão sobre a sociedade contemporânea, especialmente sobre as aspirações e os valores que motivam a busca por poder e status. A história de Rosa é a história de muitos jovens que, ao saírem da universidade e entrarem no mundo profissional, se veem pressionados a se integrar a círculos exclusivos para alcançar seus sonhos. No entanto, a série levanta a questão: até onde estamos dispostos a ir para alcançar o sucesso? E qual é o preço que estamos dispostos a pagar?

O conceito de uma “sociedade secreta” que manipula e controla os seus membros, enquanto parece oferecer benefícios materiais, é uma alegoria para as estruturas de poder na vida real, que frequentemente operam de forma oculta e exigem sacrifícios pessoais. Essa crítica social é uma das dimensões mais profundas da série, pois ela questiona a moralidade e a ética por trás da ambição desenfreada e da busca por status.

Além disso, Ares também trata de questões de classe social, alienação e a luta constante por pertencimento. Rosa, uma jovem de classe média, entra nesse mundo em busca de validação e aceitação, mas ao longo da série, ela descobre que sua busca por aceitação pode resultar em sua própria perda de identidade e humanidade. Essa jornada de desilusão, que combina elementos de horror psicológico, faz com que a série seja um comentário sobre os custos da busca incessante por reconhecimento e a perda de si mesmo no processo.

A Estética Visual e o Ambiente de Horror

A produção de Ares é um dos aspectos que mais impressiona os espectadores. O clima de mistério e tensão é criado através de uma estética sombria e uma cinematografia que explora a arquitetura de Amsterdam, especialmente os cenários de luxo e as áreas menos visíveis da cidade, como os clubes exclusivos e as mansões misteriosas. A série utiliza de maneira eficaz o contraste entre a elegância da alta sociedade e os elementos perturbadores dos rituais secretos, criando uma atmosfera de desconforto que envolve o público.

A direção de arte e o design de produção são fundamentais para construir essa dualidade entre o glamour e o horror. A série faz um uso notável de ambientes sombrios, luzes tênues e contrastes dramáticos para evocar uma sensação de claustrofobia e inevitabilidade. A música, por sua vez, complementa essa estética, com uma trilha sonora que intensifica o suspense e a tensão em cada cena crucial.

Impacto e Recepção

Embora Ares tenha sido uma série relativamente curta, com apenas uma temporada, ela conseguiu captar a atenção de um público global, especialmente em países como os Estados Unidos, onde produções internacionais de terror psicológico têm ganhado destaque. A série é um exemplo de como o gênero de horror pode ser combinado com reflexões sociais profundas, resultando em uma obra que não apenas assusta, mas também provoca o espectador a questionar os valores e as ambições da sociedade moderna.

A recepção crítica foi geralmente positiva, com elogios para a atuação do elenco e para a capacidade da série de criar um ambiente de tensão crescente. No entanto, alguns críticos apontaram que a resolução final da história deixou a desejar, considerando que muitos dos mistérios e segredos da sociedade Ares não foram completamente explorados. Mesmo assim, a série é considerada uma produção instigante e um bom exemplo de como o horror psicológico pode ser usado como uma ferramenta para explorar questões sociais e humanas mais amplas.

Conclusão: Uma Jornada de Ambição e Desespero

Ares é uma série que, apesar de sua curta duração, consegue mergulhar fundo nas complexidades da natureza humana e na corrupção do poder. Através da jornada de Rosa, somos desafiados a refletir sobre os limites da ambição e o custo da busca por status. Com sua mistura de suspense, mistério e horror psicológico, Ares é uma obra que prende o espectador desde o primeiro episódio e o mantém intrigado até o último minuto.

Embora tenha suas falhas e pontos que poderiam ter sido mais desenvolvidos, a série é uma experiência única, oferecendo uma visão perturbadora de um mundo onde o desejo de pertencer a um círculo fechado pode acabar levando a uma perda irreparável da identidade e da moralidade. Para aqueles que apreciam histórias que combinam mistério, drama e uma pitada de horror, Ares certamente vale a pena ser assistida, deixando uma marca duradoura em seus espectadores.

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