Medicina e saúde

Complicações da Placenta na Gravidez

Durante o período de gestação, a placenta desempenha um papel crucial no suporte ao desenvolvimento saudável do feto. No entanto, várias complicações podem surgir, afetando a saúde da placenta e, consequentemente, a saúde da mãe e do bebê. Abaixo estão cinco problemas de saúde que podem afetar a placenta durante a gravidez:

  1. Descolamento Prematuro da Placenta (DPP): Esta condição ocorre quando a placenta se separa prematuramente do útero antes do parto. Pode resultar em sangramento vaginal, dor abdominal intensa e ameaça à vida tanto para a mãe quanto para o bebê. Fatores de risco incluem hipertensão arterial, trauma abdominal, tabagismo e história prévia de descolamento prematuro da placenta.

  2. Placenta Prévia: Nesta condição, a placenta se implanta na parte inferior do útero, cobrindo total ou parcialmente o colo do útero. Isso pode causar sangramento vaginal indolor, especialmente no final da gravidez. O diagnóstico geralmente é feito por ultrassonografia. Mulheres com placenta prévia podem precisar de cesariana para evitar complicações durante o parto, como hemorragia grave.

  3. Placenta Acreta, Increta e Percreta: Essas são condições nas quais a placenta se prende de forma anormal à parede uterina. Na placenta acreta, ela está anexada firmemente, na increta, penetra na parede uterina, e na percreta, atravessa completamente a parede uterina. Essas condições aumentam o risco de hemorragia pós-parto grave e podem exigir remoção cirúrgica da placenta, às vezes até mesmo uma histerectomia.

  4. Insuficiência Placentária: Este problema ocorre quando a placenta não consegue fornecer adequadamente nutrientes e oxigênio ao feto. Pode resultar em crescimento fetal restrito, parto prematuro e complicações neonatais. Fatores de risco incluem pressão arterial elevada, diabetes gestacional, tabagismo e idade avançada da mãe.

  5. Placenta Retida: Após o parto, a placenta normalmente é expelida do útero. No entanto, em alguns casos, parte ou toda a placenta pode permanecer no útero, resultando em hemorragia pós-parto e infecção uterina. A remoção manual da placenta ou, em casos graves, uma curetagem uterina pode ser necessária para evitar complicações.

Essas são apenas algumas das complicações que podem afetar a saúde da placenta durante a gravidez. É fundamental que as mulheres recebam cuidados pré-natais adequados e realizem exames de rotina para detectar precocemente qualquer problema potencial, garantindo assim uma gestação saudável para mãe e bebê.

“Mais Informações”

Claro, vamos aprofundar um pouco mais sobre cada uma dessas complicações:

  1. Descolamento Prematuro da Placenta (DPP):
    O descolamento prematuro da placenta é uma condição grave que pode ocorrer em qualquer momento após a 20ª semana de gestação. É uma das principais causas de morbimortalidade materna e fetal. Os sintomas incluem dor abdominal intensa e sangramento vaginal. Dependendo da extensão do descolamento e da condição do feto, o tratamento pode variar desde repouso absoluto até a necessidade de uma cesariana de emergência. Fatores de risco incluem hipertensão arterial, trauma abdominal, uso de drogas ilícitas e tabagismo.

  2. Placenta Prévia:
    Na placenta prévia, a placenta se implanta de forma anormal, cobrindo total ou parcialmente o colo do útero. Isso pode causar sangramento vaginal indolor, especialmente durante o terceiro trimestre. O tratamento depende da gravidade da condição e da proximidade do parto. Em casos graves, quando a placenta cobre completamente o colo do útero, uma cesariana é geralmente necessária para evitar complicações graves, como hemorragia materna e asfixia fetal.

  3. Placenta Acreta, Increta e Percreta:
    Estas são condições nas quais a placenta se fixa anormalmente à parede uterina. A placenta acreta ocorre quando ela está aderida firmemente à parede uterina, a increta quando penetra na parede uterina e a percreta quando atravessa completamente a parede uterina. Essas condições podem levar a complicações graves durante o parto, incluindo hemorragia pós-parto e necessidade de histerectomia. O diagnóstico geralmente é feito por ultrassonografia durante a gravidez.

  4. Insuficiência Placentária:
    A insuficiência placentária é uma condição na qual a placenta não fornece adequadamente nutrientes e oxigênio ao feto em desenvolvimento. Isso pode resultar em crescimento fetal restrito e complicações neonatais, como baixo peso ao nascer e problemas de saúde a longo prazo. O diagnóstico precoce é essencial para monitorar o crescimento fetal e implementar intervenções que possam ajudar a melhorar os resultados neonatais.

  5. Placenta Retida:
    Após o parto, é esperado que a placenta seja expelida do útero dentro de uma hora. No entanto, em alguns casos, parte ou toda a placenta pode permanecer no útero, levando a complicações como hemorragia pós-parto e infecção uterina. O tratamento envolve geralmente a remoção manual da placenta ou, em casos mais graves, uma curetagem uterina. O acompanhamento médico próximo após o parto é fundamental para detectar e tratar precocemente qualquer problema relacionado à placenta.

É importante destacar que, embora essas complicações possam ser graves, muitas delas podem ser prevenidas ou gerenciadas com cuidados pré-natais adequados e monitoramento médico regular durante a gravidez. As mulheres grávidas devem sempre buscar assistência médica se experimentarem sintomas incomuns ou preocupantes durante a gestação.

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