Medicina e saúde

Pitiríase Versicolor: Causas, Sintomas e Tratamento

O Que é o “Pano Branco” ou Pitiríase Versicolor?

O “pano branco”, conhecido também como pitiríase versicolor, é uma condição cutânea comum causada pelo fungo do gênero Malassezia. Este fungo está naturalmente presente na pele de muitas pessoas e, em condições normais, não causa problemas. No entanto, sob certas circunstâncias, pode levar ao desenvolvimento da pitiríase versicolor.

Causas da Pitiríase Versicolor

A principal causa da pitiríase versicolor é o crescimento excessivo do fungo Malassezia. Fatores que contribuem para isso incluem:

  1. Ambiente Propício: Climas quentes e úmidos favorecem o crescimento do fungo.
  2. Predisposição Genética: Algumas pessoas são mais suscetíveis devido à sua composição genética.
  3. Aumento da Produção de Sebo: Pode ocorrer durante a adolescência ou em condições que aumentem a oleosidade da pele.

Sintomas

Os sintomas da pitiríase versicolor incluem:

  • Manchas na pele que podem ser brancas, rosa claro, castanhas ou até mesmo vermelhas.
  • As manchas geralmente aparecem no tronco, pescoço, braços ou rosto.
  • A pele afetada pode ser mais ou menos pigmentada que a pele circundante.
  • Às vezes, coceira leve pode ocorrer, mas geralmente não é um sintoma dominante.

Diagnóstico

O diagnóstico geralmente é feito pelo exame visual da pele afetada por um profissional de saúde. Às vezes, amostras de pele podem ser examinadas ao microscópio para confirmar a presença do fungo Malassezia.

Tratamento

O tratamento da pitiríase versicolor pode incluir:

  1. Antifúngicos Tópicos: Como shampoos, cremes ou loções contendo substâncias como cetoconazol, ácido salicílico ou sulfeto de selênio.

  2. Antifúngicos Orais: Em casos mais graves ou persistentes, o médico pode prescrever medicamentos antifúngicos para serem tomados por via oral.

  3. Medidas Preventivas: Evitar fatores que favoreçam o crescimento do fungo, como manter a pele seca e evitar roupas apertadas e sintéticas.

Prognóstico

A pitiríase versicolor geralmente responde bem ao tratamento. No entanto, pode haver recorrência, especialmente em climas favoráveis ao crescimento do Malassezia. A condição não é contagiosa.

Conclusão

Embora a pitiríase versicolor possa ser desconfortável ou esteticamente desagradável, é geralmente inofensiva e tratável. Consultar um dermatologista para obter um diagnóstico correto e um plano de tratamento adequado é essencial para gerenciar essa condição com eficácia.

“Mais Informações”

Fisiopatologia da Pitiríase Versicolor

A pitiríase versicolor é causada pelo fungo lipofílico do gênero Malassezia. Este fungo é naturalmente encontrado na pele humana e geralmente vive em equilíbrio com outros micro-organismos da microbiota cutânea. No entanto, sob certas condições, ocorre um crescimento excessivo do Malassezia, levando ao desenvolvimento das lesões características da pitiríase versicolor.

A proliferação do Malassezia está relacionada a vários fatores predisponentes, incluindo clima tropical ou subtropical, alta umidade, sudorese excessiva, imunossupressão, alterações hormonais (como a puberdade) e predisposição genética. Em condições de alta umidade e calor, o fungo prolifera nos folículos pilosos e nas glândulas sebáceas, onde se alimenta de lipídios presentes na pele. Isso pode levar à interrupção do processo de queratinização da pele, resultando na formação de manchas ou placas descamativas características da pitiríase versicolor.

Manifestações Clínicas

As lesões da pitiríase versicolor são frequentemente observadas no tronco, pescoço, braços e, ocasionalmente, no rosto. Elas podem variar de pequenas manchas a grandes áreas hipo ou hiperpigmentadas da pele. As manchas podem ser de cores diferentes, incluindo branco, rosa claro, marrom ou vermelho. A descamação fina é comum sobre as lesões, e em alguns casos, pode haver leve coceira. A condição é geralmente assintomática, mas pode ser esteticamente preocupante para algumas pessoas devido à alteração da pigmentação da pele.

Diagnóstico Diferencial

O diagnóstico da pitiríase versicolor geralmente é baseado no exame clínico da pele pelo dermatologista. Em alguns casos, pode ser necessário realizar raspagem da pele para exame microscópico, a fim de identificar a presença de Malassezia. O diagnóstico diferencial inclui outras condições que podem causar alterações pigmentares na pele, como vitiligo, dermatite seborreica, micose fungoide e pano branco.

Tratamento

O tratamento da pitiríase versicolor envolve a administração de agentes antifúngicos, que podem ser aplicados topicamente ou administrados por via oral, dependendo da extensão e gravidade das lesões. Os antifúngicos tópicos comumente usados incluem o cetoconazol, ácido salicílico, sulfeto de selênio, terbinafina e clotrimazol. Eles ajudam a reduzir a carga de Malassezia na pele e controlar o crescimento fúngico.

Em casos mais severos ou recorrentes, os antifúngicos orais, como o fluconazol ou itraconazol, podem ser prescritos. É importante seguir rigorosamente as instruções do médico em relação ao uso dos medicamentos para garantir a eficácia do tratamento e prevenir a recorrência da infecção.

Além do tratamento farmacológico, medidas preventivas são importantes para ajudar a prevenir recorrências da pitiríase versicolor. Isso inclui evitar o uso de roupas apertadas que aumentem a sudorese e manter a pele seca e bem ventilada. Em climas quentes e úmidos, tomar banhos regulares e usar roupas leves de algodão pode ajudar a reduzir o crescimento do Malassezia na pele.

Prognóstico e Complicações

Geralmente, a pitiríase versicolor responde bem ao tratamento adequado, com melhora das lesões dentro de semanas a meses. No entanto, recorrências são comuns, especialmente em indivíduos que vivem em áreas tropicais ou que têm predisposição genética. Complicações são raras, mas podem incluir hipo ou hiperpigmentação residual da pele afetada, especialmente em pessoas com tons de pele mais escuros.

Conclusão

A pitiríase versicolor é uma condição cutânea comum causada pelo crescimento excessivo do fungo Malassezia na pele. Embora não seja uma condição grave, pode ser preocupante esteticamente para alguns pacientes. Com o tratamento adequado, é possível controlar a infecção fúngica e prevenir recorrências. Consultar um dermatologista é essencial para o diagnóstico correto e o desenvolvimento de um plano de tratamento personalizado, levando em consideração as características individuais do paciente e a extensão das lesões cutâneas.

Botão Voltar ao Topo