A condição médica conhecida como candidíase oral, popularmente chamada de “sapinho”, é causada pelo crescimento excessivo do fungo Candida albicans na boca. Embora seja mais comum em lactentes e crianças pequenas, pode afetar pessoas de todas as idades. Os sintomas incluem manchas brancas na língua, nas bochechas e na garganta, bem como dor e dificuldade ao engolir.
O tratamento da candidíase oral em crianças visa aliviar os sintomas e erradicar o fungo. Aqui estão algumas abordagens comuns:
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Antifúngicos tópicos: Para casos leves a moderados, o médico pode prescrever antifúngicos tópicos, como nistatina em forma de suspensão oral. Esses medicamentos são administrados diretamente na boca da criança e podem ser aplicados com um cotonete ou um aplicador especial.
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Antifúngicos sistêmicos: Se a infecção for mais grave ou persistente, o médico pode recomendar antifúngicos sistêmicos, como fluconazol ou cetoconazol. Estes são administrados por via oral e ajudam a combater o fungo de dentro para fora.
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Medidas de higiene bucal: Manter a higiene bucal adequada é fundamental para o tratamento e prevenção da candidíase oral. Isso inclui escovar os dentes após as refeições, usar fio dental regularmente e enxaguar a boca com água ou uma solução antisséptica prescrita pelo médico.
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Alimentação saudável: Uma dieta equilibrada pode ajudar a fortalecer o sistema imunológico da criança, tornando-a mais capaz de combater infecções fúngicas. Evitar alimentos açucarados e ricos em amido também pode ajudar a controlar o crescimento do fungo na boca.
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Tratamento dos fatores de risco subjacentes: Em alguns casos, a candidíase oral em crianças pode estar associada a condições subjacentes, como imunodeficiências ou uso prolongado de antibióticos. Tratar esses fatores de risco pode ser fundamental para prevenir recorrências da infecção.
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Acompanhamento médico: É importante que a criança seja acompanhada regularmente por um médico ou dentista para garantir que a infecção esteja respondendo ao tratamento e para ajustar a terapia conforme necessário.
É essencial seguir as orientações do médico e concluir todo o curso de tratamento, mesmo que os sintomas desapareçam antes. Interromper o tratamento precocemente pode permitir que o fungo se prolifere novamente, levando a uma recorrência da candidíase oral. Além disso, se os sintomas persistirem ou piorarem durante o tratamento, é importante informar imediatamente o médico para que ajustes adequados possam ser feitos.
“Mais Informações”

Além das medidas de tratamento já mencionadas, é importante entender melhor a candidíase oral em crianças, incluindo suas causas, fatores de risco e complicações potenciais.
Causas da Candidíase Oral em Crianças:
A candidíase oral em crianças é causada pelo crescimento excessivo do fungo Candida albicans na boca. Este fungo é comumente encontrado na flora normal da boca e do trato gastrointestinal, mas pode se proliferar descontroladamente sob certas condições. As causas comuns incluem:
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Uso de antibióticos: Os antibióticos podem perturbar o equilíbrio natural de bactérias na boca e no corpo, permitindo que o fungo Candida albicans se prolifere.
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Imunossupressão: Crianças com sistemas imunológicos enfraquecidos devido a condições médicas subjacentes, como HIV/AIDS, câncer ou diabetes, têm maior risco de desenvolver candidíase oral.
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Higiene bucal inadequada: A falta de escovação regular dos dentes e a má higiene bucal podem permitir que o fungo se acumule na boca e se prolifere.
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Uso prolongado de chupetas ou mamadeiras: Estes dispositivos podem abrigar o fungo Candida albicans e facilitar sua transmissão para a boca da criança.
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Infecções por leveduras em outras partes do corpo: Infecções fúngicas em outras áreas, como a região da fralda em bebês, podem se espalhar para a boca.
Fatores de Risco:
Além das causas específicas, alguns fatores de risco aumentam a probabilidade de uma criança desenvolver candidíase oral:
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Idade: Bebês e crianças pequenas têm um sistema imunológico em desenvolvimento e são mais suscetíveis à infecção por Candida albicans.
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Uso de corticosteroides inalados: Crianças que usam corticosteroides inalados para tratar condições respiratórias, como asma, têm maior risco de desenvolver candidíase oral devido ao efeito imunossupressor desses medicamentos.
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Uso de próteses dentárias: Crianças que usam próteses dentárias podem ter um aumento do risco de candidíase oral devido à presença de superfícies que podem abrigar o fungo.
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Desordens sistêmicas: Condições médicas subjacentes, como imunodeficiências, diabetes e desordens hematológicas, podem aumentar o risco de candidíase oral em crianças.
Complicações:
Embora a candidíase oral geralmente seja uma condição leve e tratável, em alguns casos, pode levar a complicações, especialmente se não for tratada adequadamente. Algumas complicações potenciais incluem:
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Dor e desconforto: As manchas brancas na boca podem causar dor e desconforto ao comer e engolir, especialmente em crianças pequenas.
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Dificuldade de alimentação: A presença de manchas na boca pode interferir na alimentação adequada da criança, levando a problemas de nutrição e crescimento.
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Infecções secundárias: Em casos graves ou prolongados, a candidíase oral pode predispor a criança a infecções secundárias bacterianas ou fúngicas.
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Disseminação da infecção: Em indivíduos imunocomprometidos, como aqueles com HIV/AIDS ou câncer, a candidíase oral pode se espalhar para outras partes do corpo, resultando em infecções sistêmicas graves.
Prevenção:
Algumas medidas podem ajudar a prevenir a candidíase oral em crianças:
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Promover uma boa higiene bucal: Incentivar a escovação regular dos dentes e a limpeza da língua pode ajudar a prevenir a proliferação do fungo na boca.
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Evitar o uso excessivo de antibióticos: Os antibióticos devem ser usados apenas quando necessário e prescritos pelo tempo adequado para evitar o desequilíbrio da flora bacteriana na boca.
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Monitorar o uso de chupetas e mamadeiras: Lavar regularmente e substituir chupetas e mamadeiras pode ajudar a prevenir a transmissão do fungo Candida albicans.
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Manter condições médicas subjacentes sob controle: Tratar adequadamente condições médicas subjacentes, como diabetes e imunodeficiências, pode ajudar a reduzir o risco de candidíase oral.
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Visitas regulares ao dentista ou médico: Realizar exames bucais regulares pode ajudar a detectar precocemente sinais de candidíase oral e outras condições bucais.
Em resumo, a candidíase oral em crianças é uma condição comum causada pelo crescimento excessivo do fungo Candida albicans na boca. O tratamento envolve o uso de antifúngicos tópicos ou sistêmicos, juntamente com medidas de higiene bucal adequadas. É importante entender as causas, fatores de risco e complicações potenciais dessa condição para preveni-la e tratá-la eficazmente. Sempre consulte um médico ou dentista para avaliação e orientação adequadas.

