A leucemia é uma doença do sangue e da medula óssea que afeta os glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do organismo contra infecções. Nesta condição, as células sanguíneas são produzidas em grande quantidade e não amadurecem corretamente. Isso leva a uma proliferação descontrolada de células imaturas, chamadas de blastos, que não desempenham suas funções normais de combate a infecções. Portanto, a contagem de glóbulos brancos na leucemia pode ser significativamente alta devido à produção excessiva dessas células anormais.
A contagem absoluta de leucócitos, ou seja, o número total de glóbulos brancos no sangue, é frequentemente usada como indicador para avaliar a presença e a gravidade da leucemia. Em indivíduos com leucemia, a contagem de glóbulos brancos geralmente está aumentada, mas os valores podem variar consideravelmente dependendo do tipo específico de leucemia e do estágio da doença.
Existem diferentes tipos de leucemia, incluindo leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfoblástica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (LLC), entre outros. Cada tipo de leucemia tem características distintas, incluindo padrões de crescimento celular e resposta ao tratamento, e pode apresentar contagens de glóbulos brancos variadas.
Na leucemia mieloide aguda (LMA), por exemplo, os blastos são originados de células mieloides imaturas e a contagem de glóbulos brancos pode estar significativamente elevada. Por outro lado, na leucemia linfoblástica aguda (LLA), os blastos derivam de células linfoides imaturas, e também pode haver um aumento na contagem de glóbulos brancos.
Além disso, a contagem de glóbulos brancos pode variar durante o curso da doença, podendo aumentar durante crises ou recaídas e diminuir em resposta ao tratamento. Portanto, é fundamental realizar exames de sangue periódicos para monitorar a contagem de glóbulos brancos e avaliar a eficácia do tratamento em pacientes com leucemia.
É importante ressaltar que a contagem de glóbulos brancos é apenas um dos muitos parâmetros utilizados no diagnóstico e acompanhamento da leucemia. Outros testes, como a análise morfológica das células sanguíneas, exames de imagem e avaliação de marcadores genéticos, também são essenciais para determinar o tipo específico de leucemia e planejar o melhor curso de tratamento para cada paciente. O diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais para melhorar os resultados e a qualidade de vida dos pacientes com leucemia.
“Mais Informações”

Além da contagem de glóbulos brancos, outros parâmetros sanguíneos podem fornecer informações importantes sobre a leucemia e seu impacto no organismo. Entre esses parâmetros, destacam-se a contagem de outros tipos de células sanguíneas, como glóbulos vermelhos e plaquetas, bem como a análise morfológica das células sanguíneas e a presença de marcadores genéticos específicos da leucemia.
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Contagem de Glóbulos Vermelhos (Eritrócitos): A leucemia pode afetar a produção de glóbulos vermelhos na medula óssea, resultando em anemia. Os pacientes com leucemia podem apresentar baixos níveis de hemoglobina e hematócrito, indicativos de anemia, o que pode levar a sintomas como fadiga, fraqueza e palidez.
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Contagem de Plaquetas: As plaquetas são células sanguíneas envolvidas na coagulação do sangue. Pacientes com leucemia podem apresentar contagem de plaquetas reduzida devido à substituição da medula óssea por células leucêmicas, o que pode resultar em maior risco de sangramento e hemorragias.
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Análise Morfológica das Células Sanguíneas: O exame de sangue periférico pode revelar a presença de células leucêmicas anormais, como blastos imaturos, que são característicos da leucemia. A análise morfológica das células sanguíneas é essencial para determinar o tipo específico de leucemia e avaliar a resposta ao tratamento.
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Marcadores Genéticos: A leucemia pode ser associada a alterações genéticas específicas que afetam o comportamento das células cancerosas e influenciam a resposta ao tratamento. A identificação de marcadores genéticos, como translocações cromossômicas, deleções ou mutações específicas, é fundamental para o diagnóstico preciso e o planejamento do tratamento personalizado.
Além disso, outros exames complementares podem ser realizados para avaliar o envolvimento de órgãos e tecidos adicionais, como biópsia de medula óssea, exames de imagem (como tomografia computadorizada e ressonância magnética) e análise de líquidos corporais, como o líquido cefalorraquidiano em casos de leucemia do sistema nervoso central.
O tratamento da leucemia geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir quimioterapia, radioterapia, terapia alvo, imunoterapia e, em alguns casos, transplante de células-tronco hematopoéticas. O objetivo do tratamento é induzir a remissão da doença, ou seja, reduzir ou eliminar as células leucêmicas do organismo, e prevenir recaídas.
A escolha do tratamento depende do tipo específico de leucemia, do estágio da doença, das características genéticas do paciente e de outros fatores individuais. O acompanhamento regular com exames de sangue e outros testes é essencial para monitorar a resposta ao tratamento e detectar precocemente sinais de recorrência da doença.
Além do tratamento médico, o suporte psicológico, nutricional e social é fundamental para ajudar os pacientes a enfrentar os desafios físicos e emocionais associados à leucemia. O apoio de familiares, amigos e profissionais de saúde especializados pode desempenhar um papel importante no manejo da doença e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes.

