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Introdução ao OAuth 2.0

OAuth 2.0, abreviação de Open Authorization 2.0, é um protocolo de autorização amplamente utilizado na internet para permitir que aplicativos obtenham acesso limitado a recursos protegidos em nome de um usuário, sem que esse usuário tenha que compartilhar suas credenciais de acesso. Este protocolo é frequentemente utilizado em cenários onde uma aplicação deseja acessar recursos protegidos em um servidor em nome de um usuário que concedeu permissão para tal acesso, sem a necessidade de compartilhar suas credenciais de login.

O desenvolvimento do OAuth 2.0 foi motivado pela necessidade de uma solução de autorização mais flexível e escalável do que seu antecessor, o OAuth 1.0. OAuth 2.0 foi padronizado pelo grupo de trabalho IETF OAuth em 2012, e desde então tem sido amplamente adotado pela comunidade de desenvolvimento de software como um padrão de facto para autorização em APIs web.

O protocolo OAuth 2.0 é baseado em fluxos de autorização, que são processos específicos para obter tokens de acesso que podem ser usados para autenticar e autorizar solicitações de aplicativos a recursos protegidos. Existem vários fluxos de autorização definidos pelo OAuth 2.0 para diferentes cenários de uso, cada um adaptado para atender a diferentes requisitos de segurança e usabilidade.

Um dos conceitos fundamentais do OAuth 2.0 é o de “cliente”, que é a aplicação que solicita acesso aos recursos protegidos em nome do usuário. O cliente interage com o servidor de autorização para obter tokens de acesso que são usados para acessar os recursos protegidos.

Outro conceito importante é o de “provedor de serviços de autorização” (AS, do inglês Authorization Server), que é o servidor responsável por autenticar o usuário e conceder tokens de acesso ao cliente. O provedor de serviços de autorização geralmente mantém uma interface de programação de aplicativos (API) que permite que os clientes solicitem tokens de acesso e interajam com o servidor de autorização.

Os tokens de acesso emitidos pelo servidor de autorização são usados pelo cliente para autenticar e autorizar solicitações a recursos protegidos no servidor de recursos. Existem dois tipos principais de tokens de acesso no OAuth 2.0: tokens de acesso de curta duração, conhecidos como “tokens de acesso de autorização”, e tokens de acesso de longa duração, conhecidos como “tokens de atualização”.

O fluxo de autorização mais comum no OAuth 2.0 é o fluxo de autorização do código de autorização, que é projetado para aplicativos confiáveis que podem proteger com segurança um segredo de cliente. Neste fluxo, o cliente redireciona o usuário para o servidor de autorização, onde o usuário faz login e concede permissão ao cliente. O servidor de autorização então redireciona o usuário de volta para o cliente com um código de autorização, que o cliente troca por um token de acesso.

Outros fluxos de autorização incluem o fluxo de senha do proprietário do recurso, que permite que um cliente obtenha um token de acesso usando as credenciais do usuário, e o fluxo de concessão implícita, que é otimizado para aplicativos baseados em navegador e não requer um segredo de cliente.

Além dos fluxos de autorização, o OAuth 2.0 também define escopos, que são strings que representam permissões específicas que o cliente solicita do usuário. Os escopos permitem que o usuário conceda acesso limitado a recursos protegidos, controlando assim o que o cliente pode fazer em nome do usuário.

Embora o OAuth 2.0 seja amplamente adotado e ofereça muitos benefícios em termos de segurança e usabilidade, também há preocupações com a segurança e a privacidade associadas ao protocolo. Vulnerabilidades como a usurpação de tokens e a falta de proteção adequada dos tokens de atualização podem levar a comprometimentos de segurança.

Em resumo, OAuth 2.0 é um protocolo de autorização amplamente utilizado na internet que permite que aplicativos obtenham acesso limitado a recursos protegidos em nome de um usuário, sem que o usuário compartilhe suas credenciais de acesso. Este protocolo é baseado em fluxos de autorização, tokens de acesso e escopos, e é amplamente adotado pela comunidade de desenvolvimento de software como um padrão de facto para autorização em APIs web.

“Mais Informações”

Claro, vamos aprofundar um pouco mais no funcionamento e nos componentes do OAuth 2.0.

Uma das características centrais do OAuth 2.0 é a separação das funções de autenticação e autorização. Enquanto a autenticação verifica a identidade do usuário, a autorização determina quais ações o usuário está autorizado a realizar. No contexto do OAuth 2.0, o provedor de serviços de autorização (AS) é responsável pela autorização, enquanto a autenticação do usuário pode ser tratada separadamente, muitas vezes utilizando protocolos como OpenID Connect.

O OAuth 2.0 define diferentes papéis que os participantes do sistema desempenham:

  1. Cliente: A aplicação que deseja acessar os recursos protegidos em nome do usuário. O cliente pode ser uma aplicação web, um aplicativo móvel, um dispositivo IoT ou qualquer outra entidade que interaja com o servidor de autorização.

  2. Proprietário do recurso: O usuário que possui os recursos protegidos e é capaz de conceder acesso a esses recursos.

  3. Servidor de autorização (AS): O servidor que autentica o usuário e emite tokens de acesso para o cliente. Ele também é responsável por validar solicitações de autorização e garantir que apenas clientes autorizados recebam tokens de acesso.

  4. Servidor de recursos (RS): O servidor que hospeda os recursos protegidos. Ele é responsável por validar os tokens de acesso e decidir se concede ou nega acesso aos recursos solicitados pelo cliente.

Os tokens de acesso emitidos pelo servidor de autorização são a peça central do OAuth 2.0. Existem dois tipos principais de tokens de acesso:

  1. Token de acesso de autorização (Access Token): Um token de curta duração que o cliente usa para autenticar solicitações aos recursos protegidos. Geralmente, esses tokens têm uma vida útil limitada e são renovados periodicamente.

  2. Token de atualização (Refresh Token): Um token de longa duração que o cliente pode usar para obter novos tokens de acesso sem a necessidade de solicitar novamente a autorização do usuário. Os tokens de atualização são frequentemente usados para estender a duração do acesso do cliente aos recursos protegidos sem exigir que o usuário faça login novamente.

O OAuth 2.0 define vários fluxos de autorização para diferentes cenários de uso:

  1. Fluxo de autorização do código de autorização (Authorization Code Grant): Este é o fluxo mais comum e seguro, adequado para aplicativos confiáveis que podem proteger com segurança um segredo de cliente. Ele envolve várias etapas, incluindo a obtenção de um código de autorização, troca desse código por um token de acesso e, opcionalmente, um token de atualização.

  2. Fluxo de concessão implícita (Implicit Grant): Este fluxo é otimizado para aplicativos baseados em navegador e não requer um segredo de cliente. No entanto, é menos seguro do que o fluxo de autorização do código de autorização, pois os tokens de acesso são transmitidos diretamente para o cliente através do navegador.

  3. Fluxo de senha do proprietário do recurso (Resource Owner Password Credentials Grant): Neste fluxo, o cliente obtém diretamente as credenciais de login do usuário e as envia para o servidor de autorização para obter tokens de acesso. Este fluxo é menos comum e geralmente menos seguro, pois requer que o cliente tenha acesso às credenciais de login do usuário.

Além dos fluxos de autorização, o OAuth 2.0 também define escopos, que são strings que representam permissões específicas que o cliente solicita do usuário. Os escopos permitem que o usuário conceda acesso limitado a recursos protegidos, controlando assim o que o cliente pode fazer em seu nome.

Em conclusão, o OAuth 2.0 é um protocolo flexível e amplamente adotado para autorização em APIs web. Ele permite que aplicativos obtenham acesso limitado a recursos protegidos em nome de um usuário, sem que o usuário compartilhe suas credenciais de acesso. Com seus fluxos de autorização, tokens de acesso e escopos, o OAuth 2.0 fornece uma estrutura robusta para a implementação de autenticação e autorização em sistemas distribuídos na internet.

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