A Copa do Mundo de Voleibol de 2019, realizada no Japão, foi um dos eventos mais aguardados do calendário internacional do voleibol. Organizada pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB), essa competição reuniu algumas das melhores seleções do mundo, tanto no torneio masculino quanto no feminino, destacando-se pela alta competitividade e pelo nível técnico apresentado. No contexto das seleções participantes, a Copa do Mundo de Voleibol serve como uma importante preparação para outras competições internacionais, incluindo os Jogos Olímpicos.
Copa do Mundo de Voleibol Masculina 2019
Organização e Participação
O torneio masculino da Copa do Mundo de Voleibol de 2019 ocorreu entre os dias 1 e 15 de outubro, com o Japão servindo como país-sede, seguindo a tradição de hospedar o evento desde sua criação em 1965. O formato da competição manteve-se semelhante às edições anteriores, com 12 seleções jogando entre si no sistema de pontos corridos, sem fases eliminatórias ou jogos de mata-mata. As partidas foram realizadas em duas cidades japonesas: Fukuoka e Nagano.
As 12 seleções participantes da edição masculina foram: Japão (país-sede), Polônia (campeã mundial), Estados Unidos, Rússia, Brasil, Argentina, Canadá, Irã, Itália, Egito, Austrália e Tunísia. Esse formato de todos contra todos permitiu que as equipes enfrentassem uma ampla gama de adversários, testando suas habilidades e estratégias ao longo de 11 rodadas de jogos.
Destaques e Favoritos
Antes do início da competição, o Brasil e a Polônia eram amplamente vistos como os principais favoritos ao título. A equipe brasileira, liderada pelo técnico Renan Dal Zotto, vinha de uma campanha consistente nos últimos anos, com destaque para sua conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016. Já a Polônia, comandada por Vital Heynen, era a campeã mundial de 2018, e chegava ao torneio como uma das seleções mais fortes, com um elenco recheado de jogadores de alto nível, como Bartosz Kurek e Wilfredo León.
Além dessas duas potências, os Estados Unidos também eram considerados candidatos ao título, com um time que mesclava jovens talentos e jogadores experientes, como Matthew Anderson e Micah Christenson. A Rússia, tradicional força do voleibol mundial, buscava recuperar sua hegemonia em competições internacionais, enquanto o Japão, anfitrião, apostava no fator casa para surpreender e conquistar uma boa colocação.
Desempenho das Equipes e a Consagração do Brasil
Ao longo da competição, o Brasil mostrou-se dominante, vencendo todas as suas 11 partidas, o que garantiu à equipe a medalha de ouro de forma invicta. A seleção brasileira apresentou um voleibol de alto nível, com um sistema defensivo sólido e um ataque eficiente, liderado pelo capitão Bruno Rezende e pelo oposto Alan Souza, que foi um dos maiores destaques individuais do torneio. O Brasil venceu adversários de peso, como a Polônia e os Estados Unidos, consolidando-se como a melhor equipe do torneio.
A Polônia ficou com a medalha de prata, após uma campanha muito sólida, perdendo apenas duas partidas ao longo da competição. O terceiro lugar foi conquistado pelos Estados Unidos, que também tiveram um bom desempenho, mas acabaram sendo superados pelos dois principais favoritos.
Premiações Individuais
Além do título coletivo, o Brasil foi destaque nas premiações individuais. O oposto Alan Souza foi eleito o MVP (Melhor Jogador) do torneio, graças ao seu desempenho brilhante no ataque. Outros jogadores brasileiros, como Bruno Rezende, Lucarelli e Leal, também foram reconhecidos nas seleções ideais da competição, evidenciando o domínio da equipe durante todo o torneio.
Copa do Mundo de Voleibol Feminina 2019
Organização e Participação
A Copa do Mundo de Voleibol Feminina de 2019 foi realizada logo antes do torneio masculino, entre os dias 14 e 29 de setembro. Também sediada no Japão, o torneio feminino seguiu o mesmo formato da competição masculina, com 12 seleções jogando em um sistema de todos contra todos, sem eliminatórias, e as partidas ocorreram nas cidades de Yokohama, Hamamatsu, Sapporo, Toyama e Osaka.
As equipes participantes foram: Japão (país-sede), Sérvia (campeã mundial), China, Estados Unidos, Rússia, Brasil, Argentina, Coreia do Sul, República Dominicana, Quênia, Camarões e Holanda. Esse grupo incluiu algumas das potências do voleibol feminino mundial, como China, Estados Unidos e Sérvia, além de seleções emergentes que buscavam ganhar experiência internacional.
Favoritas ao Título
Entre as favoritas, a China se destacava como uma das seleções mais fortes, comandada pela renomada técnica Lang Ping e pela estrela Zhu Ting, considerada uma das melhores jogadoras do mundo. A Sérvia, campeã mundial de 2018, também chegava ao torneio com grande expectativa, embora tenha optado por poupar algumas de suas principais jogadoras com vistas à preparação para os Jogos Olímpicos de 2020. Os Estados Unidos, com uma equipe muito equilibrada, eram outra candidata ao título, contando com jogadoras de destaque como Jordan Larson e Kelsey Robinson.
O Brasil, que tradicionalmente figura entre as melhores seleções do mundo, não tinha o status de favorito absoluto, mas contava com um elenco talentoso e experiente, liderado pela levantadora Macris e pelas atacantes Gabi e Tandara. A equipe brasileira buscava melhorar sua performance em relação à edição anterior da Copa do Mundo, além de usar o torneio como preparação para os Jogos Olímpicos.
Domínio Chinês e Surpresas na Competição
Assim como no torneio masculino, o time vencedor da competição feminina terminou invicto: a China conquistou o título com 11 vitórias em 11 partidas. O domínio chinês foi evidente ao longo de todo o torneio, com a equipe exibindo um voleibol de altíssimo nível, especialmente no ataque e na defesa. Zhu Ting, uma das grandes estrelas do voleibol mundial, foi a peça-chave da equipe, liderando o ataque chinês com atuações consistentes e brilhantes.
A equipe norte-americana terminou na segunda posição, conquistando a medalha de prata com uma campanha muito sólida, sendo derrotada apenas pela China. O terceiro lugar ficou com a Rússia, que mostrou uma boa evolução ao longo do torneio, apesar de alguns tropeços no início da competição.
Destaques Individuais
Zhu Ting foi eleita a MVP do torneio feminino, uma escolha amplamente esperada devido ao seu desempenho fenomenal. Ela também foi incluída na seleção ideal, ao lado de outras jogadoras de destaque, como a central Yuan Xinyue (China) e a ponteira Jordan Larson (Estados Unidos). O Brasil não conseguiu conquistar uma medalha, mas algumas jogadoras, como Gabi e Macris, foram elogiadas por suas atuações consistentes ao longo do torneio.
Conclusão
A Copa do Mundo de Voleibol de 2019, tanto no masculino quanto no feminino, foi marcada pela alta competitividade e pelo domínio de duas das maiores potências do esporte: Brasil no masculino e China no feminino. O formato de pontos corridos sem eliminatórias garantiu um torneio dinâmico, onde cada partida tinha grande importância. Para as seleções participantes, foi uma excelente oportunidade de testar suas forças antes dos Jogos Olímpicos de 2020, com muitas delas saindo fortalecidas dessa experiência.
As performances individuais e coletivas de destaque, como as de Alan Souza e Zhu Ting, reafirmam o status dessas estrelas no cenário internacional do voleibol. Por fim, a edição de 2019 consolidou ainda mais a importância da Copa do Mundo como um dos principais torneios do calendário mundial, atraindo a atenção de torcedores e especialistas ao redor do globo.

