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Bugatti Type 57 S: Clássico de Época

Bugatti Type 57 S: A Perfeição da Engenharia e Estilo dos Anos 30

O Bugatti Type 57 S, produzido entre 1936 e 1938, é um dos ícones da indústria automobilística pré-Segunda Guerra Mundial. Conhecida por sua engenharia de alta performance e design inovador, a Bugatti estabeleceu o Type 57 S como um símbolo de velocidade, sofisticação e exclusividade. Este modelo se destacou não apenas por seu desempenho impressionante, mas também por ser uma verdadeira peça de arte sobre rodas.

O Contexto Histórico e a Revolução Técnica

Durante os anos 1930, a indústria automobilística experimentava uma transformação profunda, impulsionada por inovações tecnológicas e estéticas. A Bugatti, uma marca estabelecida pelo renomado engenheiro Ettore Bugatti, foi fundamental nesse processo. O Type 57 S, derivado do Type 57, surgiu como uma versão refinada e aprimorada, focando em performance e aerodinâmica.

O nome “57 S” é uma referência ao termo francês “Sourbaisse”, que significa “baixado” ou “rebaixado”. Isso refletia a intenção de melhorar o centro de gravidade do veículo, proporcionando uma melhor estabilidade em curvas e maior agilidade. Além disso, o chassis do Type 57 S era curvado e mais baixo, o que permitia aos construtores de carrocerias criar designs mais aerodinâmicos e elegantes.

Design Iconográfico e Características Físicas

O Type 57 S era caracterizado por um design longo e aerodinâmico. Com 172 polegadas de comprimento (aproximadamente 4,37 metros) e 59,1 polegadas de largura (cerca de 1,50 metros), o carro possuía proporções distintas que marcavam sua identidade como uma máquina construída para desempenho. A linha do capô longo, os para-lamas curvados e a cabine reduzida conferiam ao modelo uma aparência esbelta e esportiva.

O interior do Type 57 S foi projetado com funcionalidade e luxo em mente. Com assentos dispostos no extremo traseiro, próximo ao eixo traseiro, o espaço destinado aos passageiros era minimalista, proporcionando uma melhor distribuição do peso e favorecendo o desempenho dinâmico. O painel de instrumentos, situado na parte superior do painel central, reforçava a atenção à ergonomia e à visibilidade.

Tecnologia e Desempenho

No que diz respeito à mecânica, o Bugatti Type 57 S era movido por um motor de oito cilindros em linha, conhecido como motor L8. Com um deslocamento de 3257 cm³, o propulsor DOHC (duplo comando de válvulas no cabeçote) entregava uma potência de 129 kW (175 hp) a 5500 rpm. Este motor, alimentado por carburadores, era combinado a uma transmissão manual de 4 velocidades, o que permitia ao veículo alcançar uma velocidade máxima de 137 mph (cerca de 220 km/h).

A tração era exclusivamente nas rodas traseiras, característica típica dos veículos esportivos da época, garantindo a entrega de potência ao solo com eficiência e precisão.

Suspensão e Sistema de Freios

O Type 57 S contava com suspensão independente nas quatro rodas e freios a tambor nas quatro extremidades. Embora mais primitivos em relação aos sistemas modernos, os freios a tambor ofereciam o desempenho e a confiabilidade necessários para os padrões da época.

Legado e Importância

O Bugatti Type 57 S se estabeleceu como um dos carros mais cobiçados e valiosos de sua época. Seu design, desempenho e status eram sinônimos de luxo e exclusividade. Apenas uma pequena quantidade foi produzida, tornando-o um modelo raro e desejado entre colecionadores e entusiastas do automobilismo.

Esse veículo representava a busca incessante por aperfeiçoamento técnico e estético durante a década de 1930. Ao combinar engenharia de ponta com um design futurista, o Type 57 S transcendeu sua época e deixou um legado que permanece até hoje.

O Type 57 S não era apenas um carro de corrida; era uma verdadeira obra-prima da engenharia e do design, representando o auge da arte automobilística antes da Segunda Guerra Mundial. Hoje, ele é reverenciado como um dos símbolos mais emblemáticos da excelência e do espírito inovador da Bugatti.

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